terça-feira, 15 de abril de 2014

Sócrates

Filme sobre o grande filósofo Sócrates.


Heráclito, Parmênides, Platão e Aristóteles

Temos de um lado Heráclito, que defendia a ideia de um mundo em continuidade, um mundo contínuo. Do outro lado, Parmênides, que definia um ser único – um ser imóvel.

Heráclito acreditava num mundo contínuo, um mundo em constante movimento, em constante transformação, o devir eterno, o vir a ser constante. Para ele, o mundo era um fluxo contínuo, onde nada permanece idêntico a si mesmo, mas transforma-se no seu oposto (negação, contradição). Tudo flui, tudo passa. O homem também muda.Somos constituídos de oposições internas.
Há uma metáfora que ele utilizou, a da vela acesa: quando vemos a chama acesa de uma vela, temos a impressão de que ela é sempre a mesma. No entanto, estamos diante de um processo de transformação que se opera naquele instante, que é o seguinte: a cera da vela é transformada em fogo, o fogo em fumaça e a fumaça em ar. O fogo é o elemento da mais pura instabilidade, do devir eterno.Este é o processo contínuo de transformação que opera no mundo, segundo Heráclito.

Parmênides nos oferece uma idéia contrária à de Heráclito. Em seu pensamento, o filósofo define o seguinte: o ser é único, imutável, infinito e imóvel. Para ele, o ser é sempre idêntico a si mesmo. Por outro lado, Parmênides irá defender a idéia de que, a aparência sensível do mundo não existe. Ele quer dizer que o nosso conhecimento perseptivo, ou sensitivo das coisas, só nos fornece uma aparência, uma ilusão do movimento, uma ilusão do devir, quando somente o conhecimento intelectivo nos permite contemplar a realidade como idêntica a si mesma.
Para contrapor ao debate entre Heráclito e Parmênides, surge Platão, que nos oferece uma nova concepção de como o ser percebe o mundo, de como o ser interpreta o mundo. Para Platão, é possível dividir o mundo em dois aspectos: o primeiro, é o mundo sensível, que na verdade é aquele que provém de nossa experiência sensível com as coisas do mundo. É o mundo material ou físico, que por sua vez, para Platão, não passa de uma aparência ou uma cópia do mundo real. Já o mundo inteligível, é o mundo das idéias, onde estão as essências verdadeiras – aquilo que é imutável.

Para compreender melhor a proposta de Platão, em dividir o mundo em dois, o mundo sensível e o mundo inteligível, vamos recorrer ao famoso Mito da Caverna: a caverna é o mundo em que vivemos, o mundo sensível. As sombras projetadas, não passam de coisas materiais, ou sensoriais que percebemos. Mas o que está lá fora da caverna, o exterior à caverna, é o mundo inteligível, a verdadeira realidade. Como percebemos o mundo? Reconhecemos o mundo a partir de representações, de reproduções, de algo que é aparente!
Bem, para contradizer e alimentar ainda mais o debate em torno dessa relação, de como o homem percebe a natureza, de como ele interpreta o mundo em que vive, Aristóteles irá colocar a seguinte problemática: para ele, não devemos julgar o mundo das coisas sensíveis (da Natureza) como aparente e ilusório; há seres cuja essência é mudar, e há seres cuja essência é imutável. Nesse sentido, o que propôe Aristóteles? Propõe que a transformação é a materialidade das potencialidades contidas nas essências das coisas; as essências estão nas próprias coisas, no próprio Homem. E é o pensamento o único capaz de conhecer esta essência;

A partir da ideia de que as essências das coisas estão nas próprias coisas, que a essência do homem está no próprio homem, devemos trabalhar alguns conceitos fundamentais do pensamento aristotélico.
O primeiro é a razão entre Substância / Essência / Acidente:

Para Aristóteles, substância é a definição do próprio ser, é aquilo que determina o próprio ser, ou seja, o ser sempre apresenta atributos essenciais e acidentais. O que seriam os atributos essenciais? São atributos que fazem o sujeito ser necessariamente aquilo que é. Exemplo: o homem é por essência um animal racional. Já o atributo acidental, ou o acidente, são aqueles que, existindo ou não, nunca afetarão o ser da essência, ou seja, o sujeito. Exemplo: o homem é racional, por essência, mas é gordo ou magro por acidente. O fato do homem ser gordo ou magro, feio ou bonito, alto ou baixo, não afeta a essência humana, ou seja, sua capacidade de abstrair, sua capacidade de usar a razão para transformar o mundo.
Outras duas relações são importantes para o pensamento aristotélico. É a relação Matéria/Forma. O que Aristóteles acredita por matéria? Para ele, matéria é aquilo do que são feitos os homens, as coisas e o mundo. Do outro lado, a forma, é aquilo como foi determinada a matéria. Uma escultura por exemplo, teve como matéria o bronze, e a escultura é a própria forma como o artista resolveu dar à seu pensamento.
Uma outra relação é Ato e Potência. Aristóteles definiria “ato” como concretização de uma matéria, isto é, sua forma num dado instante do tempo. Já “potência” é aquilo que está contido em uma matéria e pode vir a existir; Um exemplo: o adulto é o ato da criança, ou seja, toda criança carrega em si a potencialidade de vir a ser um adulto. “O ato sempre será uma forma capaz de concretizar uma potência contida na matéria.”
BIBLIOGRAFIA

Matheus Venâncio, 2009 – UNIFRAN – Universidade de Franca

Pré- Socráticos

Galera, o nascimento da Filosofia na Grécia é marcado pela passagem da cosmogonia para a cosmologia. A cosmogonia, típica do pensamento mítico, é descritiva e explica como do caos[1] surge o cosmos[2], a partir da geração dos deuses, identificados às forças da natureza. Na cosmologia, as explicações rompem com a religiosidade: a arché (princípio) não se encontra mais na ordem do tempo mítico, mas significa princípio teórico, enquanto fundamento de todas as coisas. Daí a diversidade de escolas filosóficas, dando origem a fundamentações conceituais muito diferentes entre si.

Os filósofos deste período preocuparam-se quase exclusivamente com os problemas cosmológicos. Estudar o mundo exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas contínuas mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período seu caráter de unidade.

Antes de adentrarmos nas teorias filosóficas do período, deixo um vídeo super interessante e criativo sobre o período filosófico pré-socrático.Para descontrair =)



OS FILÓSOFOS

Tales de Mileto (624-548 a.C.) "Água"

Tales de Mileto, fenício de origem, é considerado o fundador da escola jônica. É o mais antigo filósofo grego. Tales não deixou nada escrito, mas sabemos que ele ensinava ser a água a substância única de todas as coisas. A terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano.

Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo, pela primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua. No plano da astronomia, fez estudos sobre solstícios a fim de elaborar um calendário, e examinou o movimento dos astros para orientar a navegação.

Provavelmente nada escreveu. Por isso, do seu pensamento só restam interpretações formuladas por outros filósofos que lhe atribuíram uma ideia básica: a de que tudo se origina da água. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem à terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal. A cosmologia de Tales pode ser resumida nas seguintes proposições: A terra flutua sobre a água; A água é a causa material de todas as coisas. 

Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.) "Ápeiron"

Anaximandro de Mileto, geógrafo, matemático, astrônomo e político, discípulo e sucessor de Tales e autor de um tratado Da Natureza, põe como princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente indeterminada.

Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e imortalidade, por um processo de separação ou "segregação" derivam os diferentes corpos. Supõe também a geração espontânea dos seres vivos e a transformação dos peixes em homens. Anaximandro imagina a terra como um disco suspenso no ar. Eterno, o ápeiron está em constante movimento, e disto resulta uma série de pares opostos - água e fogo, frio e calor, etc. - que constituem o mundo.

O ápeiron é assim algo abstrato, que não se fixa diretamente em nenhum elemento palpável da natureza. Com essa concepção, Anaximandro prossegue na mesma via de Tales, porém dando um passo a mais na direção da independência do "princípio" em relação às coisas particulares. Para ele, o princípio da "physis" (natureza) é o ápeiron (ilimitado).

Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo habitado, a introdução na Grécia do uso do gnômon (relógio de sol) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega). Ampliando a visão de Tales, foi o primeiro a formular o conceito de uma lei universal presidindo o processo cósmico total. Diz-se também, que preveniu o povo de Esparta de um terremoto. Anaximandro julga que o elemento primordial seria o indeterminado (ápeiron), infinito e em movimento perpétuo.

Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) "Ar"

Segundo Anaxímenes, a arkhé (comando) que comanda o mundo é o ar, um elemento não tão abstrato como o ápeiron, nem palpável demais como a água. Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são formas cada vez mais condensadas do ar. As diversas coisas que existem, mesmo apresentando qualidades diferentes entre si, reduzem-se a variações quantitativas (mais raro, mais denso) desse único elemento.

Atribuindo vida à matéria e identificando a divindade com o elemento primitivo gerador dos seres, os antigos jônios professavam o hilozoísmo e o panteísmo naturalista. Dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe sua luz do Sol. Anaxímenes julga que o elemento primordial das coisas é o ar.

Pitágoras de Samos

Pitágoras, o fundador da escola pitagórica, nasceu em Samos pelos anos 571-70 a.C. Em 532-31 foi para a Itália, na Magna Grécia, e fundou em Crotona, colônia grega, uma associação científico-ético-política, que foi o centro de irradiação da escola e encontrou partidários entre os gregos da Itália meridional e da Sicília.

Pitágoras aspirava - e também conseguiu - a fazer com que a educação ética da escola se ampliasse e se tornasse reforma política; isto, porém, levantou oposições contra ele e foi constrangido a deixar Crotona, mudando-se para Metaponto, aí morrendo provavelmente em 497-96 a.C.

Segundo o pitagorismo, a essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. Os pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e matéria, substância das coisas, consideraram o número como sendo a união de um e outro elemento. Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas.

A doutrina e a vida de Pitágoras, desde os tempos da antiguidade, jaz envolta num véu de mistério.

A força mística do grande filósofo e reformador religioso, há 2.600 anos vem, poderosamente, influindo no pensamento Ocidental. Dentre as religiões de mistérios, de caráter iniciático, a doutrina pitagórica foi a que mais se difundiu na antiguidade.

Não consideramos apenas lenda o que se escreveu sobre essa vida maravilhosa, porque há, nessas descrições, sem dúvida, muito de histórico do que é fruto da imaginação e da cooperação ficcional dos que se dedicaram a descrever a vida do famoso filósofo de Samos.

O fato de negar-se, peremptoriamente, a historicidade de Pitágoras (como alguns o fazem), por não se ter às mãos documentação bastante, não impede que seja o pitagorismo uma realidade empolgante na história da filosofia, cuja influência atravessa os séculos até nossos dias.

Parmênides

O Ser é, e o que o Ser não é. Na concepção Parmenídica, a idéia do devir não assume um lugar de grande importância, não se nega a existência do devir, porém ele ocupa uma situação de realidade aparente, uma realidade sensível, onde o devir é dado pelos sentidos e não pela razão. Parmênides busca o conhecimento RACIONAL, afastando-se do mundo sensível. Essa busca pela razão leva o filósofo eleata a seguinte conclusão: que não se pode pensar o não-ser. Para pensar precisamos pensar em alguma coisa porque, afinal, se não pensarmos coisa nenhuma, não estaremos pensando, e no final, veremos que só poderemos pensar em uma única realidade, que seria o Ser e o seu conhecimento


Heráclito

Heráclito de Éfeso é que dará o segundo grande passo trazendo consigo a concepção da dialética. Heráclito interpretou a realidade tendo como princípio o DEVIR. Esta via de acesso é observada através dos fragmentos de Heráclito que dizem: “Para os que entram nos mesmos rios, afluem sempre outras águas.” ou “ Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio”


O que Heráclito quer dizer é que precisamos ver como a realidade se ALTERA constantemente, como a água de um rio que se altera, como um vegetal qualquer que cresce e se desenvolve, e até o próprio homem, que cresce, e se desenvolve, se transforma, ou seja, sofre alterações a cada instante





[1] PRIMEIRA DIVINDADE A SURGIR NO MUNDO/ ESTADO PRIMITIVO DO MUNDO.
[2] UNIVERSO ORDENADO.

Redações nota máxima no ENEM 2013

Caros alunos e demais interessados,

Sabemos que o maior medo dos alunos nos vestibulares e ENEM é a temida prova de redação

Surgem dúvidas sobre quais palavras utilizar, o cuidado com a coesão e coerência. Dessa forma segue link das redações nota 1.000 do ENEM 2013 para vocês se familiarizarem com a escrita e perceberem que não é um ''bicho de sete cabeças''. Link: http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/04/07/confira-exemplos-de-redacoes-nota-1000-do-enem-2013.htm?fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582

Porém, não basta saber escrever bem, tem que estar a par do assunto que está sendo pedido em sua prova. Por isso leiam de tudo, assistam telejornais para saber o que está acontecendo no mundo, e leia mais um pouco, para ter várias opiniões sobre determinado assunto e assim formular as suas próprias ideias. 

Vivemos um um mundo tecnicista, com uma educação voltada para as ciências exatas, bem como a preparação para o mercado de trabalho, onde a busca pelo saber já não é mais ''necessária'' por ser algo já dado, pragmático e já interpretado pelos filósofos matemáticos e físicos da Grécia Antiga. Análises recentes apontam que alunos que usam conceitos filosóficos e sociológicos em provas discursivas conseguem notas extremamente superiores àqueles que ficam presos as opiniões que ''todo mundo tem''. 

Sociologia e Filosofia torna-se indispensáveis a fim de promover a reflexão levando o aluno a buscar informações das situações que o cercam e esses alunos que interiorizam isso para si, com certeza obterão excelentes notas em provas e vestibulares. Vejam como colocar termos sociológicos e filosóficos em suas redações:

Exemplo 01: ''percebemos que no mundo atual quem tem dinheiro acaba tendo mais privilégio do que quem é mais pobre''. Transformando essa frase com a ajuda de termos sociológicos temos a seguinte reescrita: ''Na contemporaneidade, percebemos que os grupos dominantes de nossa sociedade pertencentes a chamada elite social, acabam tendo mais privilégios e concessões se comparados com as classes sociais mais baixas da pirâmide social brasileira (como as classes C, D e E).

Exemplo 02: ''o que está faltando no mundo é que as pessoas parem de pensar em si mesmas, pois só assim conseguiremos mudanças em nosso mundo''. Reescrevendo a frase que também tem um problema de repetição de palavras, temos que: ''o que falta em nosso meio social, são pessoas mais altruístas, comprometidas com um efetivo desejo de mudança''

Aproveitem as dicas e vamos, que vamos!