Que estamos diante de um mundo novo, cheio de novas tecnologias e informações isso ninguém pode negar. Mas será que a educação e seus profissionais do ensino acompanham com a mesma velocidade tal mudança?
O mundo pós-moderno trás consigo problemáticas que adentram no cotidiano escolar afetando as formas de se relacionarem professores e alunos. Antigamente, tínhamos alunos dispostos a ouvir e acatar as decisões dos professores e hoje, diz-se que temos em sala um "auditório" de surdos. A surdez, palavra colocada propositadamente, vem do fato de que os alunos já chegam na escola com as informações que a tecnologia já lhes fornece (sites, redes sociais), sendo assim o papel do professor parece ser insignificante diante desse novo quadro.
O fato é que enquanto educadores, não podemos permanecer acomodados e permanecer constantemente numa cautela imobilizadora que nos impede de inovar em nosso ambiente de trabalho. A nossa figura ainda possui a sua importância, porém ao invés de sermos os únicos transmissores do saber, hoje temos meios com os quais concorremos, precisando agir como mediadores do processo de ensino-aprendizado.
Os conteúdos devem ser ressignificados e contextualizados de acordo com a realidade social que nosso aluno está inserido. Se meu aluno está sendo alfabetizado, preciso ensina-lo através de palavras que estejam em seu cotidiano. Se meu aluno está aprendendo sobre classes sociais, sobre os filósofos, preciso dar uma atenção redobrada por ser um conteúdo teórico, a fim de mostrar exemplos em consonância com a realidade de nossos educandos.
O professor que assume um compromisso ético na educação, não acredita que é utopia uma mudança no processo de ensino, pois ele acredita que a mudança deve partir dele. É preciso ter motivação para ministrarmos as nossas aulas, pois nosso aluno percebe nosso entusiasmo ou tédio na explanação de nossas temáticas de aula.
Não faça da ética apenas uma palavra, coloque-a em prática.
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